Os gatos são animais com uma enorme capacidade de reprodução. As ninhadas são numerosas, ao fim de 6 meses uma gatinha pode ter o primeiro cio e ter a primeira ninhada e pode ter 4 ninhadas por ano.
Se nada fizer para impedir as ninhadas, vai acabar por se ver a braços com um problema grave: mesmo que possa encontrar donos para os primeiros gatinhos junto dos seus amigos, em breve sentirá o desespero de não ter donos para todos os filhotes.
Por isso mesmo cada vez mais donos responsáveis efectuam um controlo de natalidade de gatas e gatos.
As vantagens são inúmeras e acabam com os incomodativos períodos de cio que como qualquer dono de um gato sabe, são complicados para donos e animais.
Há relatos de gatos em que tal acontece mais cedo, mas em regra as fêmeas têm o seu primeiro cio aos 6 meses e os gatos perto dos 8/9 meses. Os cios são períodos complicados para os donos, na medida em que os animais se encontram muito agitados e inquietos, podem ter diversas alterações físicas como deixar de comer, de dormir, procuram desesperadamente sair de casa (quando o conseguem, as hipóteses de não conseguirem voltar a casa são grandes), miam alto e de forma particularmente incomodativa, perturbando o sono e causando inclusive alguns problemas com a vizinhança.
Controlando a natalidade, vai impedir os animais de entrar em cio. Se o fizer com recurso a uma pequena intervenção cirúrgica, o seu problema está definitivamente resolvido.
Da mesma forma, a sua gata nunca mais vai ter ninhadas: acabou o stress de saber se tudo corre bem na altura do nascimento e de arranjar donos para tantos bebés. Lembre-se que a sua gata terá cios sucessivos se não fizer algo para o contrariar.
No caso dos machos, tenha em atenção que vão marcar o território (urinando) e que se tiverem acesso à rua, vão entrar em lutas e correr sérios riscos.
Se a sua gata tiver cios sucessivos e/ou ninhadas sucessivas, as possibilidades de que contraia doenças que obriguem a tratamentos e intervenções tão ou mais caras do que a esterilização, são muito grandes. Assim estará a proteger a saúde e bem estar da sua gata.
E não tendo ninhadas, está ainda a contribuir para que os potenciais donos desses gatinhos optem por adoptar um dos muitos gatinhos que nasceram nas ruas ou foram abandonados, dando-lhes a hipótese de te rum lar.
As opções ao sue dispor são duas:
As gatas podem ser esterilizadas a partir dos 6 meses. Embora durante muito tempo se tenha defendido a vantagem em ter um primeiro cio, hoje essa teoria é cada vez menos defendida.
Os gatos, regra geral, podem ser castrados aos 8/9 meses. No entanto, há animais mais precoces e por isso pode acontecer que o seu veterinário verifique que ele pode ser operado mais cedo (por exemplo se começar a marcar território, urinando pela casa).
Os riscos são muito diminutos. Este tipo de intervenção cirúrgica é um procedimento sem complexidade e que por isso não deve ser encarado com angústia. O seu veterinário poderá tranquilizá-lo, uma vez que as possibilidades de que ocorram complicações inesperadas são realmente remotas.
A castração e esterilização são intervenções cirúrgicas e como tal, provocam dor e algum desconforto.Tal como acontece com os seres humanos, também os gatos tomam um analgésico que elimina essa dor.No caso dos machos, porque a operação é muito mais simples, a dor e desconforto é menor. Em qualquer dos casos, o sofrimento que possam sentir é de facto anulado pela administração de medicamentos apropriados.
A recuperação do macho é muito rápida. No dia seguinte à operação pode contar que o seu amigo se encontre em plena forma, pronto para as brincadeiras e tropelias do costume.A intervenção nas fêmeas é um pouco mais complexa e por isso a sua recuperação demora um pouco mais. Em regra, elas estão com comportamento normal e recuperadas ao fim de 5 dias, mas algumas gatas possuem uma capacidade de recuperação maior e consegue estar activas e brincalhonas ao 3º dia.
A operação dos machos é mais económica do que a das fêmeas, por esta última ser mais demorada. Os custos variam de médico para médico (em termos indicativos, 125/150 para fêmeas e 60/75 para os machos). Algumas associações, como a Associação Zoófila, que trabalha em parceira com a União Zoófila, praticam preços mais baixos, pelo que devem ser uma alternativa que deve considerar. E pense que os custos de ter ninhadas sucessivas, de as alimentar, de curar doenças, vão sair bem mais elevados do que se optar por resolver definitivamente o problema.
Pelos efeitos nocivos que se começam a atribuir a este método de controlo de natalidade, não o deve fazer, a não de forma pontual, por exemplo, num período curto enquanto aguarda a esterilização. O seu veterinário poderá explicar-lhe com detalhe as grandes desvantagens da utilização e os riscos que significa para a sua gata.
Certamente que sim. Se o seu gato estiver em casa, será difícil (ou mesmo impossível) aguentar a marcação de território. Se o gato anda na rua (que por motivos vários não é recomendável, salvo em situações bem vigiadas), vai lutar em disputa pelas fêmeas, ficar ferido, poderá contrair doenças e vírus. Para não falar do aspecto igualmente muito negativo que ao deixar andar um gato não castrado livremente pelas redondezas, ele vai certamente dar origem a muitas ninhadas, de gatinhos que maioritariamente vão morrer em condições de grande sofrimento (sabe-se que um número elevado dos gatinhos nascidos na rua morrem de fome, frio, desidratação ou doença, e quando maiorezinhos, por atropelamento). Não vai certamente querer que tanta dor tenha origem no seu gato, quando para o evitar lhe basta fazer muito pouco.
Os gatos que são esterilizados, regra geral, tornam-se animais mais meigos e dóceis. Podem ter tendência a ficar um pouco menos activos, e por essa razão, alguns engordam um pouco. Deve dizer-se porém, que o engordar não acontece com todos os gatos e provavelmente nem sequer com a maioria. Não se pode também dizer que fiquem molengões por causa da operação. Podem ficar mais calmos, o que por vezes até pode ser uma vantagem, se o seu gato for super activo.
É importante que continue a desafiá-lo para brincadeiras e corridas, que eles muito apreciam e servem para ajudar a manter a forma.
Fonte: União Zoófila